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domingo, 27 de janeiro de 2013

Família identifica corpo de estudante de radiologia de 23 anos

A estudante de radiologia Leandra Toniolo, 23, que estava entre os desaparecidos no incêndio que atingiu a boate Kiss, no centro de Santa Maria (307 km de Porto Alegre), foi encontrada morta pelos familiares. O incêndio deixou ao menos 233 mortos e mais de cem feridos, segundo revisão de números feita pela Brigada Militar. O local tinha capacidade para 2.000 pessoas.


O corpo de Toniolo estava no caminhão usado pela Brigada Militar para levar a grande quantidade de vítimas ao Centro Desportivo Municipal (Farrezão).

"A família está desolada. A Michele [amiga que sobreviveu e contou que Toniolo estava no banheiro no momento do incêndio] está em estado de choque", disse a estudante Clarissa Weiss Pereira, 33, prima de Michele Pereira, 34.

O incêndio deixou ao menos 233 mortos e mais de cem feridos.
No momento do incêndio Pereira estava em frente ao palco onde o grupo Gurizada Fandangueira fazia um show. "A banda que estava no palco começou a usar sinalizadores e, de repente, pararam o show e apontaram [o sinalizador] para cima. Aí o teto começou a pegar fogo, estava bem fraquinho, mas em questão de segundos começou a se alastrar", contou.

A auxiliar estava próxima da porta da saída, por isso conseguiu escapar. "Foi minha sorte estar perto da saída e era a única que tinha pelo que eu vi porque todo mundo estava saindo por ela ou pela porta de entrada", contou. No corre-corre, Michele caiu e machucou o joelho. "Vi muita gente sendo pisoteada no desespero para sair de lá eu acabei cortando o joelho", disse.

Na saída, o cenário visto por Pereira foi desolador. "Foi terrível, cena de filme de horror! Corpos caídos pelo chão, muita gente desmaiada, chorando, tentando respirar porque a fumaça era muita", contou.

Pereira estava com a estudante de radiologia Leandra Toniolo, 23, quando a amiga avisou que iria ao banheiro, deixando todos os documentos na bolsa da auxiliar. O incêndio começou quando Toniolo ainda estava no banheiro.

"Assim que o incêndio começou ela ainda estava no banheiro, que ficava próxima a entrada. Eu estava no lado oposto, perto do palco e próximo da porta de saída. Eu teria que cruzar a pista inteira para tentar encontrá-la e no tumulto era impossível", contou.

Fonte: Folha de São Paulo

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