Internação à força em SP começa com protesto
Cerca de 40 pessoas, de movimentos sociais e religiosos, protestaram contra a internação de dependentes químicos
Os manifestantes portavam faixas em frente ao Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), no Centro da capital FOTO: AGÊNCIA ESTADO
São Paulo. O programa de internações involuntárias de dependentes químicos em São Paulo começou com protestos ontem. Com cartazes que traziam inscrições como "somos contra políticas higienistas", um grupo de 40 pessoas, ligados a movimentos sociais e entidades religiosas, fizeram uma manifestação em frente ao Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), no Centro da capital.
Os manifestantes cobram do governo uma política humanitária no combate às drogas e avaliam que a internação compulsória não é eficaz no tratamento de dependentes químicos.
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, considera que a iniciativa do governo estadual é "drástica" e não eficaz. Segundo ele, o governo de São Paulo deveria colocar assistentes sociais e psiquiatras nas periferias de São Paulo, e não concentrar o atendimento em um único centro de referência. "Há uma carência de atendimento social na cidade. Essa é uma medida drástica e bombástica, que quer facilitar algo que é ineficaz", criticou o padre.
O padre Raniel, da Fraternidade do Caminho, considera que a medida é opressora e atenta contra a dignidade do dependente químico. Para ele, é necessário dar o poder de escolha ao dependente químico. "A igreja quer respeitar a dignidade do ser humano. Que ele tenha o poder de escolha, que ele possa se recuperar da dependência química", afirmou o padre Raniel.
O governo de São Paulo decidiu internar compulsoriamente dependentes químicos para tentar dar um fim à cracolândia. A medida é parte de uma ação integrada com o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No programa, após serem abordados por agentes nas ruas, os dependentes são levados para o (Cratod), onde passarão por uma avaliação médica.
No Cratod, haverá juízes e promotores de plantão, das 9h às 13h, para atender medidas de urgência em casos de necessidade de internação compulsória.
Após receber o primeiro atendimento, o dependente será avaliado por médicos que vão oferecer o tratamento adequado. Caso o usuário não queira ser internado, o juiz poderá determinar a internação imediata, desde que os médicos atestem que a pessoa não tem domínio sobre suas saúde e condição física.
Balanço divulgado recentemente pela Secretaria de Justiça do Estado aponta que 1.363 dependentes já foram internados voluntariamente. Também foram presas 762 pessoas.
Os manifestantes portavam faixas em frente ao Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), no Centro da capital FOTO: AGÊNCIA ESTADO
São Paulo. O programa de internações involuntárias de dependentes químicos em São Paulo começou com protestos ontem. Com cartazes que traziam inscrições como "somos contra políticas higienistas", um grupo de 40 pessoas, ligados a movimentos sociais e entidades religiosas, fizeram uma manifestação em frente ao Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod), no Centro da capital.
Os manifestantes cobram do governo uma política humanitária no combate às drogas e avaliam que a internação compulsória não é eficaz no tratamento de dependentes químicos.
O padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, considera que a iniciativa do governo estadual é "drástica" e não eficaz. Segundo ele, o governo de São Paulo deveria colocar assistentes sociais e psiquiatras nas periferias de São Paulo, e não concentrar o atendimento em um único centro de referência. "Há uma carência de atendimento social na cidade. Essa é uma medida drástica e bombástica, que quer facilitar algo que é ineficaz", criticou o padre.
O padre Raniel, da Fraternidade do Caminho, considera que a medida é opressora e atenta contra a dignidade do dependente químico. Para ele, é necessário dar o poder de escolha ao dependente químico. "A igreja quer respeitar a dignidade do ser humano. Que ele tenha o poder de escolha, que ele possa se recuperar da dependência química", afirmou o padre Raniel.
O governo de São Paulo decidiu internar compulsoriamente dependentes químicos para tentar dar um fim à cracolândia. A medida é parte de uma ação integrada com o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No programa, após serem abordados por agentes nas ruas, os dependentes são levados para o (Cratod), onde passarão por uma avaliação médica.
No Cratod, haverá juízes e promotores de plantão, das 9h às 13h, para atender medidas de urgência em casos de necessidade de internação compulsória.
Após receber o primeiro atendimento, o dependente será avaliado por médicos que vão oferecer o tratamento adequado. Caso o usuário não queira ser internado, o juiz poderá determinar a internação imediata, desde que os médicos atestem que a pessoa não tem domínio sobre suas saúde e condição física.
Balanço divulgado recentemente pela Secretaria de Justiça do Estado aponta que 1.363 dependentes já foram internados voluntariamente. Também foram presas 762 pessoas.
Fonte: DN
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