VIDA REAL: MULHERES EXPLORADAS SEXUALMENTE SÃO LIBERTADAS
A ação ocorreu na última quinta-feira,
quando os agentes libertaram 16 mulheres e uma travesti. A policia
chegou até os locais após denúncia de uma adolescente de 16 anos de
idade, que também era explorada. Ela conseguiu fugir e fez a denúncia ao
Conselho Tutelar da cidade.
Neste domingo, as mulheres estão sendo
levadas para Belém, onde seguirão para seus estados de origem. Todas
elas são da região Sul do país, dos estados do Rio Grande do Sul, do
Paraná e de Santa Catarina. A Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República está acompanhando o caso de perto.
O Ouvidor Nacional dos Direitos Humanos,
Bruno Renato Teixeira, chegou neste domingo em Belém e disse que as
mulheres têm idade entre 18 e 20 anos e que eram mantidas em cárcere
privado.
Duas pessoas fvoram presas - um garçom e
um vigilante de uma das boates. As vítimas, que estão recebendo apoio
psicológico, estariam nos locais há uma semana.
— Toda situação onde as pessoas são
privadas de sua liberdade e exploradas sexualmente é de extrema
gravidade. E nós estamos trabalhando não só na prevenção mas também,
quando identificados esses casos, agindo imediatamente - disse Bruno
Teixeira, que conversará com as vítimas nesta segunda-feira.
Numa das boates onde foi flagrada a
exploração das mulheres, há uma faixa na entrada: "Boate Xingu. Noite
strip. Casa com lindas garotas. Ambiente de fino trato".
A ação foi deflagrada numa operação
comandada pelo delegado Rodrigo Spessato. A conselheira tutelar que
recebeu e encaminhou a denúncia, Lucenilda Lima, conversou com a
ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que ofereceu proteção
policial, se necessário.
As mulheres ficavam em quartos
minúsculos, sem ventilação e nas portas foram encontrados cadeados. Em
depoimento ao delegado, as vítimas disseram que podiam sair da casa uma
vez por semana. Elas iam até Altamira, onde podiam permanecer por uma
hora, mas eram vigiadas de perto por seguranças.
O Globo
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