GOVERNO OFENDE MILITARES E PRODUZ NOVA CRISE
Inflação em alta, PIB em queda, índios em pé de guerra, tráfico de escravos cubanos, desmantelamento da base aliada no Congresso. Precisava mais? A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência acha que sim. E avança contra as forças armadas ao criar comissão para investigar “tortura” nos cursos de formação de oficiais e sargentos.
Só faltava mais essa. Os petistas radicais alojados na Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência – uma espécie de
quarto de despejo do governo destinado à acomodação das alas
insuportáveis (mas barulhentas) do partido – acaba de inventar mais uma
crise para o governo.
Segundo o jornalista Jorge Serrão, do
site “Fique Alerta.net” o revanchismo instalado no governo pode render
um processo por crime de responsabilidade para Dilma Roussef – passível
até de impeachment.
Dilma vai ferir o artigo 85 da
Constituição Federal se sacramentar seu apoio à inconstitucional e
ilegal resolução, publicada sexta-feira passada no Diário Oficial da
União, que cria um grupo de trabalho para apurar 23 denúncias de
violações de direitos humanos em instalações das Forças Armadas
envolvendo, principalmente, cadetes e soldados.
É claramente
tudo aquilo do que o governo não precisava, especialmente no momento em
que despencam nas pesquisas os índices ainda amplamente favoráveis.
Dilma acaba de fabricar, de graça, uma crise militar. A medida é ilegal e
inconstitucional, pois atenta contra os princípios fundamentais da
instituição militar e atropela o papel da Justiça Militar – que já trata
de tais assuntos. Recomendada pela ONU e pela OEA, a medida é uma clara
quebra da soberania brasileira em sua expressão do poder militar. A
medida tem data de 5 de abril. Mas a ministra Maria do Rosário esperou
dois meses para fazer sua publicação, até que Paulo Vannuchi fosse
escolhido membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Militares
na ativa e na reserva odiaram e prometem reagir contra a Resolução da
Secretaria de Direitos Humanos que vai invadir a competência dos
comandantes militares, do Ministério Público e da Justiça Militar para
apurar casos de maus-tratos e torturas dentro de unidades militares. Os
comandantes já avisam, nos bastidores, que não vão aceitar pedidos de
busca e apreensão de documentos em quartéis – atendendo a recomendações
do grupo criado pela Secretaria de Direitos Humanos.
A maioria
dos oficiais de quatro estrelas do Exército, Marinha e da Aeronáutica
ficaram especialmente injuriados com as declarações de José Dirceu de
Oliveira e Silva, condenado no Mensalão, em apoio à iniciativa
revanchista da turma de Dilma e Maria do Rosário. Dirceu até escreveu em
seu Blog do Zé: “Todo apoio à iniciativa do governo federal de
investigar as 23 denúncias de violações dos direitos humanos em
instalações das Forças Armadas. A criação de um grupo de trabalho com
esta finalidade, inclusive, já foi determinada pela Secretaria de
Direitos Humanos”.
A crise
militar está criada. Se Dilma não recuar, pode rolar o confronto mais
sério entre o governo e os militares desde que o general João Figueiredo
saiu pela garagem do Palácio do Planalto, em 1985, para não dar posse a
José Sarney. Desde então os militares têm amargado sucessivas e
claramente revanchistas ofensas numa estúpida generalização das
acusações de tortura contra militantes dos grupos da esquerda armada,
que chegou até mesmo à proposta de revogação da Lei de Anistia – só para
os militares, claro, já que o outro lado está encastelado no poder.
Fonte: Rondônia News
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