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terça-feira, 30 de julho de 2013

SERGIO RUFINO: PROVINCIANISMO OU DESENVOLVIMENTISMO ?


Já estamos com mais de duzentos dias da gestão Liberdade e Transparência. Passados esses quase sete meses já podemos ter um retrato político-administrativo aproximado de como o prefeito Sergio Rufino (PCdoB) conduzirá sua macro e micro política ao longo dos próximos anos, mesmo sabendo que existem muitas curvas pelo caminho.

O pagamento dos salários dos funcionários municipais em dia, embora saibamos que diversos setores tiveram suas gratificações reduzidas em relação a gestão anterior, juntamente com o dos fornecedores da PMI no comércio e serviços, tem sido bandeira central do prefeito e do seu núcleo de comunicação. Reparos em estradas vicinais, compra de automóveis, um conserto aqui outro ali, um presentinho da Dilma (daqueles que são dados para todas os prefeitos) a continuação das obras não concluídas pelo ex-Prefeito Sávio Pontes e um discreto calendário cultural e esportivo, caracterizam o início do mandato de Sergio Rufino naquilo que chamo de micro política.

Comparado aos solavancos administrativos da gestão anterior, há que se dizer que o prefeito começou bem. Mas se observarmos o passar dos ponteiros e a inquieta sociedade ipuense que nunca se dá (e sempre com razão) satisfeita com os erros ou comodismo dos nossos últimos gestores, Sergio Rufino precisa rapidamente romper o provincianismo inicial e pensar grande para que a cidade passe a ter uma agenda de desenvolvimento que seja condizente com as exigências do rebelde e questionador povo ipuense, que já muito comenta as investidas financeiras da  sua pessoa física e que acabam por desaboná-lo.

Por outro lado, a cidade ainda precisa promover uma saúde de qualidade. A saúde preventiva e as parcerias precisam serem urgentemente ampliadas. A educação precisa de projetos inovadores e de uma avaliação contínua. Setores básicos como saúde e educação não se administra com balbúrdia. 
O comércio clama por investimentos que promovam a circulação de renda. 

A macro política do prefeito para não dizer que não está na estaca zero, vou ser generoso e dizer que ainda não nasceu.  O Ipu há muito tempo é carente de um foco: se é a educação, então que o líder maior do município não dissimule e empunhe a bandeira da vinda da Universidade Federal da Ibiapaba. Se é a agricultura, então que venha a irrigação, o agronegócio somado ao incremento da agricultura familiar. Se é a indústria, então que venham as fábricas, o distrito industrial e as parcerias com o empresariado nacional. Se é o turismo, então que venha o Parque da Bica, o ecoturismo, a proteção do Ipuçaba e uma agenda cultural de verdade. Ou se é algo da mente de um gestor criativo e com influência com os políticos de bem do cenário Estadual e Federal, então que venha uma ideia hibrida ou original que o Ipu agradece.

O discurso de que se está arrumando a casa já está caindo no desuso. A lua de mel com o eleitor tem prazo de validade e se vence após os seis primeiros meses de toda e qualquer gestão.  A defesa da ideia que se “precisa respeitar o povo do Ipu” já não dará mais palanque em 2016. Talvez, uma reflexão eleitoral do que ganhamos de desenvolvimento sustentável esteja nascendo para ser debatida na próxima eleição.

É hora de esquecer os amigos de sobrenome, os pseudocarinhosos de plantão e os abastardos de falso altruísmo, e olhar para o umbigo e refletir com o retrovisor da história política do Ipu. Se não dá para esquecer estes, mas que ao menos se lembre de uma futura geração de ipuenses a qual precisa de um agora mais efetivo por parte dos homens públicos. 

Precisamos olhar para a nossa juventude. Se faz necessário encontrar formas de se gerar riqueza para todos.

Sergio Rufino também tem agido de forma provinciana na seara política. Suas ações o colocam na mesmice de muitos políticos ipuenses de outrora. Uma sede insaciável de controlar meios de comunicação e o legislativo local como assim fez Zezé Carlos e Sávio Pontes, e de buscar construir o seu próprio grupo político como fez Simão Martins que foi eleito semelhantemente pegando carona com seus padrastos políticos, não deixam o prefeito de Ipu ser diferente em suas atitudes.

O atual prefeito de Ipu fez uma campanha sem se comprometer com grandes realizações. O seu "pensamento" e o seu " entendimento" quanto proposta política para o Ipu  no trajeto eleitoral  sempre acabavam na reticente ideia de "libertar" e "respeitar" o povo. Então, por que cobrar dele grandes feitos?

O Ipu não precisa de um prefeito simpático, que assim nos confirmem as carismáticas Toinhas e Corrinhas da vida que foram condenadas pelas urnas. O prefeito é que vai precisar de um povo que lhe seja simpático a suas ações como um homem de projetos e de verdadeiro espírito público, que fique bem distante da empáfia e do comodismo que ameaça se sedimentar nos meses que hão de vir.
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LEIAM MATÉRIA RELACIONADA PUBLICADA AQUI EM NOVEMBRO DE 2010
(Click na imagem)
Fonte: Blog do KT

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