PM QUE MATOU JOVEM QUE FUROU BLITZ PODE SER EXPULSO DA CORPORAÇÃO
O cabo da Polícia Militar suspeito de matar o jovem Darlan de Castro Silva, 25, na tarde do último sábado (27) em Paracuru, a 87 km de Fortaleza, poderá ser expulso da corporação.
As informações são do assessor da Polícia Militar do Ceará,
tenente-coronel Fernando Albano, que diz que poderá ser instaurado "um
Conselho de Disciplina, composto por uma trinca processante, que ao
final, poderá opinar diante dos fatos pela permanência ou não do cabo
nas fileiras da Polícia Militar". O nome do cabo não foi divulgado pela
corporação.
Desvio de blitz foi "fator motivacional para perseguição"
De acordo
com o tenente-coronel, Darlan vinha em um carro com outros 2 amigos, que
por não estarem portando os documentos do veículo, decidiram desviar da
blitz. Eles adentraram uma estrada de piçarra no desvio. Para o
tenente-coronel, esta atitude do grupo levantou a suspeita do PM e
motivou a perseguição. "(O desvio) Foi o fator motivacional para a
perseguição. Se você é policial e vê um carro fugindo, já nasce a
fundamentada suspeita. Houve a perseguição em função disso", afirmou.
O cabo, de
acordo com o tenente-coronel, alega que o tiro foi acidental. "Ao descer
da moto que guiava na perseguição, o militar desequilibrou-se e
disparou a arma". A bala perfurou a carroceria do veículo e atingiu
Darlan nas costas. O jovem chegou a ser levado ao hospital pelos amigos,
mas lá já chegou sem vida.
Apesar da
ação suspeita do grupo, Fernando Albano reitera os critérios que devem
ser utilizados durante uma ação de perseguição. "Existe todo um critério
na PM. A perseguição tem que ter fundamentada suspeita e tem de ser
utilizado o 'cerco inteligente', acionando outras viaturas, evitando
sempre o emprego da arma de fogo. Claro, só se houver troca de tiros,
tem que revidar", explicou. O tenente-coronel não soube informar se o
cabo acionou outras viaturas para dar apoio à perseguição.
Inquérito deve ser concluído em 40 dias
Após a
ocorrência, o cabo apresentou-se voluntariamente à Delegacia Regional de
Itapipoca. Lá foi assinado um Termo de Declaração, e o militar foi
liberado. Entretanto, o Comandante Geral da PM, Coronel Werisleik Pontes
Matias, determinou o recolhimento do cabo na prisão administrativa para
apuração e a instauração de inquérito policial militar e agora aguarda
as investigações. A PM garante que os trabalhos de perícia e
investigação serão encerrados "em no máximo 40 dias". O relatório final
será encaminhado à Controladoria Geral de Disciplina (CGD) que fará a
análise e decidirá pela instauração ou não do Conselho de Disciplina.
Fonte: DN
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