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quinta-feira, 16 de maio de 2013



Governador, os inimigos não são os policiais, são os bandidos! Ou: Contando os mortos


Na noite da última segunda-feira (13) um estudante universitário foi assassinado vítima de uma tentativa de assalto no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza.
Diariamente, assistimos impotentes a escalada da violência no Ceará.  Cada vez mais novas tragédias são registradas, mais vidas são interrompidas, de tal modo que nos resta somente conferir, incrédulos, a contagem de mortos subir assustadoramente, como só se vê nas guerras.
De acordo com dados divulgados ontem (15) pela Secretaria de Segurança, 1.356 pessoas foram assassinadas no Ceará somente nos quatro primeiros meses do ano. Na capital, foram registrados 661 homicídios, o que corresponde a um aumento de 30% na comparação com o ano passado.
Enquanto isso, o Governo do Estado anuncia as negociações com as associações de policiais militares estão encerradas, criando um impasse de consequências imprevisíveis, entre as quais, uma nova greve da PM.
Pior ainda é ver as autoridades responsáveis pela área dizerem que o descontentamento da corporação inteira é obra de apenas meia dúzia de líderes que agem para atingir politicamente o governo.
A essa altura, fechar os olhos e os ouvidos para as reivindicações dos policiais e subestimar a insatisfação generalizada que os motiva apenas revela que o comando não sabe o que fazer para resolver o problema, deixando no ar, de quebra, a suspeita de que o que está ruim pode piorar.
O momento deveria ser de apaziguamento, de diálogo, de humildade para reconhecer falhas, de revisão de estratégias e de novas propostas! É preciso lembrar o governo de que o seu verdadeiro inimigo não são os policiais, mas os bandidos! Eles é que precisam “sentir o braço firme da lei”.
Portanto, agir para criar mais impasses e constrangimentos, desmotivando ainda mais as forças de seguranças, e justo quando a criminalidade explode, é de uma irresponsabilidade que somente poderá ser medida na macabra contagem de mortos que não para de subir. Mas aí poderá ser tarde demais para qualquer um de nós ou de nossos amigos e familiares.

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