Secretário e Diretor do HM Tentam Esconder Caos na Saúde de Ipu
Como usuário do sistema público de
saúde, o SUS (Sistema Único de Saúde) e munícipe desta cidade, estou a observar
como está sendo ofertado o serviço de saúde a população nessa nova
administração. Tantos eram os problemas citados, quantas insatisfações eram
expressadas pelos populares deste
município na gestão passada, quantos
anseios de melhoras e mudanças. A população acreditou numa propaganda política
que emitia a mensagem de uma nova forma
de administrar e deu a oportunidade através do voto a um grupo político que
há 139 dias assumiu e ainda não demonstrou nenhuma mudança satisfatória.
Os
problemas continuam os mesmos, e se formos fazer uma comparação está bem mais precária
a situação. Foi dada credibilidade a uma equipe de profissionais da saúde para
assumirem a secretaria de saúde, direção hospitalar e coordenações, dentre
outros cargos de confiança e estes não
manifestaram ainda nenhum impacto positivo no que se diz respeito a melhoria dos
serviços.
Estão sem ânimo, sem entusiasmo, uma monotonia notória, mesmo para os olhos daqueles que desconhecem do
assunto. Esperavam ansiosos para serem contemplados e exercerem suas funções,
mas hoje estão decepcionados por estarem amarrados por não poderem ter
autonomia para resolverem os problemas existentes tanto nos PSF, como no hospital,
onde todas as decisões tem que ter o aval final do gestor maior, uma vez algo
negado implicara em prejuízos, pois estes profissionais são conhecedores das
necessidades e muitas das reivindicações da equipe esta sendo negada,
implicando assim numa má gestão dessa equipe.
Em se tratando da atenção básica
as maiores reclamações são a falta de médico nas unidades de PSF, e se tem se
limitam a número mínimo de consultas e a
presença deste profissional se faz somente em alguns dias na semana, prejudicando tanto quem esta a
precisar de uma consulta como também a unidade hospitalar porque o paciente vai
recorrer ao lugar que tenha médico, mesmo não sendo considerado um atendimento
de tanta prioridade, porém esse usuário não sabe fazer distinção de quanto
tempo o seu problema pode esperar, daí acaba superlotando o hospital.
Outro
problema encontrado é a falta de muitos itens de medicamentos, ficando assim as
pessoas mais carentes a mercê de conseqüências negativas por não ter condições
financeiras de comprar o medicamento. Além da limitação de consultas e da não
cobertura semanal pelo profissional médico, os PSF da zona rural mal estão
abrindo, pois se vê os carros que conduzem os profissionais para as unidade
saindo as 08 da manhã e muitas vezes retornando antes do meio dia. Então para
que serve o decreto feito, que diz que
os profissionais tem que exercer uma carga horária de 08 horas diária? .
Já no hospital municipal, o caos é tamanho, porque a recusa aos postos de saúde
é grande, porque sabem que quando chegarem lá vão dá viagem perdida, porque pra
conseguir uma ficha para se consultar é preciso ir pra fila as duas da manhã.
Isso é um absurdo. A procura para consulta no setor da emergência é grande, as
pessoas chegam na fila de espera já reclamando que procuraram os postos e estavam
fechados, ou que não tinha ido o médico, ou que não tinham conseguido o
medicamento e a doença se agravou. Passam por uma tal de triagem que muitas vezes o caso não é digno
de ser resolvido no hospitalar, mas que a ficha de consulta é liberada porque vão ser
atendidos aonde? Porque saúde pública é um direito de todos e se esse paciente
que não conseguiu atendimento no posto de saúde for mandado embora do hospital
sem consulta vai ser atendido aonde? Um simples sintoma vai se agravar,
prejudicando o paciente e muitas vezes ocasionando sequelas irreparáveis a esse
usuário que peregrinou em busca de resolver seu problema de saúde e não
conseguiu nada.
Outro problema agravante é que já se está com mais de cinco
meses de administração e não se iniciou o atendimento dos especialistas,
quantos médicos bons que os munícipes de Ipu usufruíam, sem precisarem se
deslocarem para os grandes centros. Agora ficam numa fila de espera para conseguirem
consultas em Sobral ou Fortaleza com as especialidades que aqui era
disponibilizado, como neurologista, mastologista, endocrinologista,
cardiologista, dentre outras. Enfim cadê aqueles usuários que faziam
acompanhamento mensal com esses profissionais?. E o NASF que possui um cento de
fisioterapia com quase todos os equipamentos com defeito, com quais recursos os
profissionais podem desenvolverem suas funções, e o paciente que esta
precisando daquele tratamento fica prejudicado?. Ainda não deu tempo pra mandar
esses equipamentos para o concerto, quase 06 meses de administração?. As marcações de consulta nesse setor é só pra
fazer os usuários de besta, pois chegam lá e suas consultas são remarcadas,
muitas vezes são crianças que precisam de transporte para ser conduzida até o
local do atendimento e aquele pai de família paga o transporte com dificuldade
dá viagem perdida. O problema era a gestão passada, mas se passaram tantos
meses, qual é o empecilho ?.