MORTES NO PRÉ-CARNAVAL: "NÃO HAVERÁ CORPORATIVISMO NA INVESTIGAÇÃO", DIZ WERISLEIK.
Comandante
geral da Polícia Militar (PM), o tenente-coronel Werisleik Matias
destacou ontem que não haverá “corporativismo” no inquérito policial
militar que definirá se houve culpa dos policiais no tiroteio que deixou
cinco pessoas feridas, na madrugada do último domingo, no bairro
Ellery.
A
investigação tem o prazo de 40 dias para ser concluída e será comandada
pelo tenente-coronel Arlindo Ferreira Medina, coordenador do setor
jurídico da PM. A Polícia Civil também deve apurar o caso.
De acordo
com o Werisleik, no total, quatro policiais do Ronda do Quarteirão
participaram da ocorrência e foram afastados das ruas. Os policiais, que
não tiveram os nomes divulgados, assumiram cargos administrativos até a
conclusão do inquérito. Nove pistolas que pertenceriam aos militares
foram encaminhadas à Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Conforme o
comandante, em depoimento, os policiais afirmaram que foram atingidos
com pedras e garrafas durante uma abordagem, referente ao uso de
paredões de som. Em reação, os militares teriam efetuado tiros de
advertência para o alto. Ainda segundo o comandante, os policiais
afirmaram que, na ocasião, houve uma troca de tiros na praça, entre
pessoas que não foram identificadas pela Polícia. Os disparos de
terceiros teriam atingido as vítimas, de acordo com os militares.
Versão das famílias
A versão não
condiz com que afirmam os familiares das vítimas. Eles afirmam que
somente a Polícia fez o uso de armas de fogo naquela madrugada. “Por
este motivo, nos colocamos à inteira disposição dos familiares. Eles
podem acompanhar todo o procedimento. Podem vir ao quartel, ter acesso a
documentos. Quero deixar bem claro que não haverá qualquer tipo de
corporativismo nas investigações. Mas o direito de defesa tem que ser
ofertado aos policiais”, afirmou o comandante. (Thiago Paiva)
Fonte: O POVO
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