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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Dois presos por fraudar concurso




Um candidato ao cargo de agente penitenciário contratou um comparsa para fazer a prova por ele. A trama não vingou
Acabou em prisão o sonho de um homem de se tornar servidor público. Na manhã de ontem, ele foi descoberto quando fraudava a prova no concurso para agente penitenciário em Fortaleza. O caso ocorreu por volta das 9 horas. A prova para o concurso estava sendo realizada nas dependências da Universidade Estadual do Ceará (Uece), no Itaperi.

Agentes penitenciários são os profissionais responsáveis pela vigilância interna dos presídios, penitenciárias e cadeias públicas. O concurso da Sejus pretende preencher 800 vagas para as novas unidades do Sistema Penal FOTO: DIVULGAÇÃO


Joaquim Neto de Oliveira, 30, era o verdadeiro candidato. Mas resolveu contratar outra pessoa para fazer a prova por ele. Então, contratou o agente prisional Anderson Wale Pereira Brás, 22, do Rio Grande do Norte. Os dois acabaram sendo detidos por inspetores do Departamento de Inteligência Policial (DIP).

A tentativa de fraude foi descoberta depois de investigações sigilosas do setor de Inteligência da própria Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus). O agente prisional do Rio Grande do Norte entrou no local de prova com o cartão de inscrição do verdadeiro candidato mas colocou sua fotografia. Usou também uma identidade falsificada.

Flagrante
O primeiro a ser detido foi o falso candidato. Logo, ele contou que o homem que o contratara o esperava nas proximidades do campus da Uece. Policiais civis que haviam sido acionados para investigar o caso junto com a equipe da Sejus fizeram diligências nas cercanias da Universidade e localizaram o segundo implicado no caso.

Ambos receberam voz de prisão e foram encaminhados ao plantão do 11º DP (Pan-Americano), e ali autuados em flagrante.

Até a noite passada, os dois homens permaneciam detidos, mas poderão ser soltos nas próximas horas através do pagamento de fiança. Ambos deverão responder na Justiça pelos crimes de falsidade ideológica, fraude em concurso público e uso de documento falso. As penas somadas podem chegar a oito anos de prisão. Os falsos documentos apreendidos deverão ser encaminhados, ainda hoje, para a Perícia Forense do estado (Pefoce).

A Sejus não informou se o concurso sofrerá alguma alteração ou terá a prova de ontem anulada por conta do fato.

O concurso que é realizado tem por objetivo preencher 800 vagas para agentes penitenciários, que deverão atuar nas novas unidades do Sistema Penal cearense a serem implantadas, neste ano, pelo Governo.

Os agentes são os profissionais responsáveis pela vigilância interna dos presídios, penitenciárias e cadeias públicas.

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