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sábado, 26 de janeiro de 2013

Brasil:Impostos a perder de vista

A sociedade brasileira nunca pagou tanto imposto quanto no ano passado. A arrecadação de tributos federais somou nada menos que R$ 1,029 trilhão, influenciada principalmente pelo mercado de trabalho aquecido e, também, pelo aumento da renda média do cidadão. Para termos uma ideia desses valores, cada dia de 2012 foram recolhidos aos cofres públicos R$ 2,8 milhões, o que significa que, a cada hora, R$ 117.495 foram pagos em taxas. O resultado desses números é que, pela primeira vez, a arrecadação atingiu a casa do trilhão.


O resultado recorde representou um crescimento real de 0,7% em relação a 2011 e poderia ser ainda maior, se a economia não tivesse tido um crescimento tão medíocre no ano passado e se o governo não tivesse feito desonerações da ordem de R$ 46,4 bilhões.

Tudo somado, a carga tributária brasileira, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado e somado o peso dos impostos e contribuições das três esferas de governo (federal, estadual e municipal), ficou em 35,11%.

Ou seja, mais de um terço de tudo o que é produzido no País pelos brasileiros acaba indo para os cofres do governo por meio das dezenas de siglas que infestam o bolso do cidadão. Pior: tudo isso para sustentar uma máquina pública ineficaz, burocrática e corrupta. Muitos questionam, ainda, as desonerações adotadas pelo governo cujo foco foi o consumo, o que acabou pressionando a inflação sem gerar crescimento. De fato, a inflação encontra-se, hoje, muito acima da meta estabelecida pelo Banco Central.

Por isso, mais do que nunca, faz-se necessário que a população cobre dos governantes uma utilização correta e transparente desses recursos arrancados por meio das mais abusivas taxas. Não dá mais para conciliar o fato de sermos os campeões em carga tributária e, ao mesmo tempo, os últimos na qualidade do serviço prestado.

Fonte: Jornal  O Estado do Ceará.

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